O trabalho voluntário é democrático: não importa a sua situação financeira, idade, gênero, formação ou credo, doar tempo e atenção ao próximo é sempre uma possibilidade. E o benefício é para todos os envolvidos, tanto para quem doa quanto para quem recebe: além de despertar o melhor que há em nós, ser voluntário é uma oportunidade de compreender realidades diferentes da sua, ter experiências novas, fazer amigos, engrandecer seus conhecimentos e até enriquecer o seu currículo.

Tem vontade de ser voluntário, mas não sabe o que fazer ou como começar? O primeiro passo é encontrar uma causa em que você acredite, seja ela humanitária, de proteção ao meio ambiente, cuidado com animais, promoção da educação, cultura, esportes ou saúde… Em seguida, pesquise instituições confiáveis – elas sempre estão em busca de pessoas para ajudá-las. Outra dica bacana é pedir a indicação de amigos que já participam deste tipo de ação. Alguns trabalhos que você pode fazer:

. Dar aulas de reforço escolar ou em cursinhos populares;

. Ler para idosos em asilos;

. Visitar crianças em orfanatos;

. Passear com cachorros abandonados;

. Preparar e/ou distribuir refeições a pessoas em situação de rua;

. Separar materiais recicláveis;

. Participar de mutirões de limpeza em praias;

. Doar algumas horas de sua profissão – por exemplo, se você é programador, pode desenvolver o site de alguma instituição ou um sistema de controle de doações;

. Montar uma horta comunitária em seu bairro;

. Ajudar a reformar ou pintar um espaço público;

. entre tantas outras opções.

Sabemos que a sensação de ajudar o próximo é indescritível, mas pedimos aos nossos colaboradores, que praticam ou já praticaram o voluntariado, que tentassem descrever em palavras. Confira o depoimento de alguns deles: _ “Faço trabalho voluntário há 5 meses no Centro de Reabilitação 3 Poderes, para dependentes químicos. Apoio com os recursos para a alimentação saudável dos pacientes. São pessoas aparentemente decididas a tornar um caos seus dias, mas, pelos olhos deles, podemos ver o grito de socorro contínuo mesmo no tom mais arrogante e rebelde. Aprendemos como é importante enxergar quem são as pessoas por trás do que vemos a olho nu e a importância de contribuir com pessoas vistas como problemas pela sociedade. Acredito que foram escolhas inconscientes que fizeram e isso precisa de atenção, amor e descoberta. A melhor e mais importante entrega que podemos fazer é para o ser humano.”_ Bárbara Fernandes, Gestão de Problemas

“Sou voluntário desde 2007 no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, hospital de referência no tratamento e combate a doenças infectocontagiosas. Antes da pandemia, 85% da população do hospital era de pessoas soropositivas. Durante a pandemia e neste momento ainda, é referência para o governo do estado no combate ao coronavírus. Sou coordenador da equipe de domingo de manhã e também faço leitura para pacientes internos – temos 14 programas de assistência aos pacientes e parentes que podem ser conhecidos nas redes sociais @versocial. Comecei porque, em casa, crescemos ouvindo que, se não nascemos para servir, não servimos para ter nascido e que só somos o que somos, se tivermos verdadeiramente amor ao próximo. Estamos com a expectativa de retomar as ações no hospital eml março de 2022, mas, enquanto isso, vou arrecadando itens de higiene pessoal e outros, para que possamos ajudar o hospital e a Capelania, que é a única que está atuando neste momento no local. Quanto ao que aprendi? Aprendi que minhas dores não são maiores e nem piores, há pessoas que sofrem muito mais e meu papel é acolher sem questionar, julgar ou cobrar nada em troca. Dar sem receber. Me tornei um ser humano muito mais humano desde que comecei. Tenho muitas histórias vividas lá e meus planos é escrever um livro sobre, mas se quiserem ouvir alguma, posso contar!“

Paulo Martins, Atendimento ao Cliente

“Fiz trabalho voluntário de 2008 a 2016: era palhaço doutor na ong Presente de Alegria, que atua em hospitais, orfanatos, asilos e casas assistenciais e tem como objetivo levar o conforto aos pacientes através do riso. Foi uma experiência maravilhosa, eu atendia mensalmente uma casa chamada CACC – Centro de Apoio à Criança Carente com Câncer. Aprendi muito com as crianças! Tinha planos de voltar, mas agora com a pandemia as visitas estão suspensas. Estou me programando pra voltar em 2022. Eu era o Dr. Pateta!” Fábio Aquillas, Gestão de Identidades e Acessos

_“Eu fazia parte de um grupo chamado Vicentinos, onde o objetivo era arrecadar itens e ajudar a distribuir na comunidade. Outra ação que fazíamos era a de adotar uma criança por um dia: alugávamos uma casa com o fundo para o mar e uma instituição levava várias crianças de ônibus. Cada pessoa cuidava de uma criança, ficávamos o dia todo como ela – alimentávamos, dávamos banho, também fazíamos kits de brinquedos e roupas iguais para todas. Era muito emocionante. Em umas das vezes, no final do dia, a criança que peguei me pediu para que não o devolvesse, para levar para a minha casa. Imaginem a situação…” _ Leandro Simão Ribeiro, Service Desk

Parabéns a todos os voluntários pelo trabalho essencial que desenvolvem e pelas vidas que tocam – neste dia 5 de dezembro e em todos os demais dias do ano!